terça-feira, 2 de junho de 2009

30.05.2009 - O Último Dia

O último dia... tomei uma ducha, e arrumei a mochila definitivamente e pela última vez nessa viagem, todos estavam dormindo, a galera foi chegando toda na madruga, me arrumei e desci para o café, muito bom por sinal, , subi novamente e desci com a mochila e a chave para o check-out e depois guardei a equipaje no guarda-volume e saí.
Na rua conheci uma senhora australiana muitíssimo legal, e conversamos um bocado e trocamos e-mails e finalmente segui em direção do bairro La Boca.
Após descer até uma grande avenida, peguei um táxi; confesso que um tanto ligado pela má fama dos taxistas porteños que adoram aplicar o golpe do taxímetro, mas a viagem foi totalmente sem problemas, e deu por volta de AR$ 15,00, e logo tava em frente do mítico estádio La Bombonera!

Entrada do La Bombonera.


Desci e já adentrei ao Museu de La Pasion Boquense, que conta toda história do maior clube argentino de futebol, o Boca Juniors! Vi camisas antigas, jogadores históricos, tinha até o lateral-direito Baiano que jogava aqui no Palmeiras hehehe, o troféu da Recopa de 2006 está em uma sala separada com fotos em tamanho real dos jogadores da partida, essa taça é importante por definir o Boca como rei de copas internacionais e foi ganha contra o São Paulo em um empate de 2X2 no Morumbi (eu estava lá), pois é também fazemos parte da história do Boca hehehe.

Um Dia no Museu

Diego Armando Maradona, El Pibe!

São Paulo 2X2 Boca Juniors, no Morumbi em 2006, título do Boca que se torna o maior campeão de copas do planeta.

A primeira farda!

6 Libertadores.


Havia uma maquete do bairro La Boca com animação e um pouco da história do bairro, que foi povoado por imigrantes italianos e abrigava o porto de chegada de Buenos Aires, suas casas são coloridas e um clima boêmio no ar, havia muitas fotos de passaporte dos imigrantes e um pouco da história de vários deles. Depois vimos muito mais taças, camisas como a de Pelé utilizada na final da Libertadores BocaXSantos no La Bombonera nos anos 60, e uma lasca da arquibancada do estádio do Morumbi retirado na final contra o Palmeiras em 2000. Beleza Boca, vocês fizeram a sua parte, pode levar uma arquibancada inteira se quiserem hehehe.

Luva do goleiro Córdoba, medalha de campeão, postal do Morumbi, ingresso da final e um pedaço do nosso estádio hehehe só argentino msm...

Maquete do bairro La Boca.

Mural da torcida.


Depois do museu passamos para a cereja do bolo, o próprio Estádio La Bombonera, o que dizer antológico estádio... o mais surpreendente é o formato das arquibancadas superiores, são totalmente íngremes!!! Você assiste o jogo olhando pra baixo kkkkk é animal!!! E a distância da torcida para a linha de campo são dois passos, um verdadeiro caldeirão!!!

La Bombonera!!!

Patrimônio da Republica de La Boca!!!

Dá-lhe Boo... dá-lhe Boo... dá-lhe Boo... dá-lhe Boo... dá-lhe Boo... dá-lhe Boca!!!

Um templo do futebol!!!


Haviam muitos brasileiros visitando, aliás acho que só sul-americanos visitando o estádio... fui para uma área vazia, sentei e fiquei imaginando aquele estádio lotado em uma final de Libertadores e o canto que não para da torcida xeneize.

Só pra quem pode...


Muito legal, depois fui para lojinha com os seus preços absurdos AR$ 350,00 em uma camisa oficial... “Muchas gracías... mas non!!!” Saí e fui nas lojinhas em frente ao estádio, achei uma camiseta do Boca por um preço infinitamente mais em conta e comprei... isso já tava planejado na viagem, embora não tivesse mais espaço na mala hehehe coloquei ali mesmo!!!
Depois, debaixo de chuva, que começou a cair quando eu estava no estádio, segui rumo ao Caminito que dista umas 3 quadras do estádio, fui ligeiro porque não têm muito boa fama o bairro em questão de assalto, mas tava tranqüilo.
Cheguei ao Caminito e você vê o clima boêmio do bairro, as casas coloridas, os restaurantes com suas decorações peculiares, fui chamado por uma garota para almoçar no seu restaurante e quedei nele, muito legal. Pedi uma carne que é um tipo de contra-filet com fritas e mandei ver hehehe sempre conversando com o pessoal do restaurante... como tava chovendo o bairro tava vazio, mas aquilo em dia de sol deve ser fantástico...
Após o almoço me despedi das meninas do restaurante, e andei os 100m do Caminito e saquei umas fotos das casas coloridas mesmo debaixo de chuva, depois caminhei até o mirante para o porto e a chuva não dava trégua... pô essa foi a primeira chuva que peguei em toda a minha viagem, cheguei a pegar garoa rala, mas a chuva ficou para o último dia hehehe menos mal!!!

No simpático restaurante, boa comida!!!

El Caminito...

... e suas casas coloridas.


Após fotos da ponte do Transbordador (ou algo assim), entrei em um táxi e rumei de volta ao centro, novamente sem problema, apenas com um detalhe... o motorista perguntou de onde eu era... respondi que do Brasil... e ele me solta: “Brasil, o major do mundo”... kkkkkk... na hora eu já falei que ele não era argentino... e ele “Non, soy peruano... argentinos non hablam eso, si?”... kkkkk só podia ser, dei muita risada e concordei com ele que argentinos nunca falariam isso! E fomos conversando, desembarquei na esquina do hotel, e antes de entrar comprei um par de meias novas porque as minhas estavam encharcadas e devia tá um chulé daqueles hehehe.

A Ponte do Transbordador.


Tava muito cedo, para a viagem, então entrei no hotel, sentei na net e fui atualizar o blog para os meus amigos kkk!!!
Fiquei até á noite, depois desci para jantar, voltei e peguei a mochila, e fui trocar a meia e o tênis... agora sim com pé sequinho me preparei para ir... ainda encontrei a senhora australiana e ficamos conversando por uns 10 minuto e fui...
Depois de um rápido metrô e uma caminhada de um quarteirão estava no terminal de buses do Retiro, esperei ainda por 50 minutos pelo ônibus que ainda atrasou mais uns 10, depois entramos e o meu lugar era ótimo só tinha um senhor que tava atrás de mim e queria que eu não deitasse o banco para ele levar o carrinho cheio de muamba dele atrás do meu banco... disse pra ele que sem chance... dois dias de viagem e não vou poder deitar “nem a pau”, e tudo isso calmamente, falei pra ele troca de lugar com uma senhora e ele trocou de boa com uma mulher osso duro (acho que era chinesa) que também cismou de colocar um carrinho (dessa vez vazio) barulhento debaixo do seu banco bahhhh e de vez em quando ela balançava o meu banco, ah aí eu pegava e deitava mais o banco até ela se tocar... me despedi de Buenos Aires e pé na estrada... logo depois do filme dormi muito bem... ps.: Serviram no bus, whisky e depois do jantar champagne kkkkk vc é louco de tomar isso na estrada, sabe-se lá como bate no organismo hehehe!!!


Esperando o último bus.

Nenhum comentário: