sábado, 28 de abril de 2012

21.04.2012 – Jaisalmer e trem


Até que acordei com disposição, mas depois bateu aquele calor e os meus planos de rodar por aí deixei ir ralo abaixo, quer saber de uma coisa, dia de embora, deixa eu arrumar as coisas tomar um bom banho e largatear no lounge do hotel.
Assim fiquei por horas, fechei uma conta onde houve uma pequena confusão na hora do calculo mas percebi que não foi por maldade, porque rapidamente eles corrigiram durante o café. Peguei dicas preciosas com uma sino-canadense que estava por ali e juntos com o Raj (da recepção) ficamos conversando um bocado.
Cara, o meu inglês que nessa viagem tem sido uma decepção e falta dele ‘redondo’ me prejudica e muito na hora de resolver as coisas, seja para fazer amizade ou seja para negociar qualquer coisa. Talvez eu esteja deixando de aproveitar muita coisa ou pegar bons preços por conta desse “detalhe”, as coisas estão indo mas poderiam estar melhor! Nisso o Rafa têm razão, por esse lado eu ainda estava com a cabeça na organização europeia, que como já tinha preços anotado, o inglês era mero detalhe... aqui está cruel demais digo até chato!
Mas voltando, e assim largateei até ás 16:10 quando veio o tuk-tuk que me levou para a estação de trem. Chegando lá, o meu comboio já me esperava e andei muito para o lado errado até chegar no final dele sendo que o meu vagão estava lá no começo, assim na duvida (porque na verdade eu não tinha certeza se era o meu trem mesmo) perguntei á uma europeia e ela me confirmou e me indicou o vagão... aaaahhh agora entendi! Assim caminhei até o inicio do trem e entrei no vagão... e que poha é essa???
Trem na India é muito diferente kkkk de Bolivia, Peru, Europa... são beliches divididos em quadrados sem portas... muito diferente, fiquei naquela procura geral pelo meu lugar até que achei-o, de frente para uma indiana, o que me levantou a dúvida... será que eu estou no lugar certo? Vai saber... todo indiano que passava se demorava me olhando... aí comecei a ficar desconfortável e na duvida perguntei para a moça que me tranquilizou e falou que aquele era um vagão familiar portanto não havia separação e para não ligar para os homens (eu nem falei nada ela mesma já tinha se tocado).
Peguei um livro e comecei a devorá-lo ignorando todos que passavam e assim amenizou a coisa, como o meu lugar era a cama debaixo já tratei de deitar porque é sabido que indianos se sentam ali até chegar a hora de dormir e ahhhh eu quero conforto.
E assim a locomotiva se pôs á andar ás 17:30, rumo á Delhi e só lá que eu decidiria o que faria da vida, de preferencia com a ajuda do escritório turístico. Continuei firme no livro enquanto nas paradas foram chegando mais indianas no compartimento até que completou, a sorte é que já havia escurecido e todas foram às suas respectivas camas, desta forma continuei deitado, até que bateu o sono, fui no banheiro (onde fiquei com dó das mulheres indianas que têm de mijar agachadas com o trem em movimento), dei uma ultima conferida no cadeado enquanto a mulherada fechava a cortina do compartimento (nem sabia que tinha) e tratei de dormir! Tive um sonho estranho... parecia que estava janela do meu antigo apê em Santo Amaro olhando o prédio da esquina... despertei com saudades, o sonho me transportou á uma outra época... de sonhos... de projetos...meus e de minha mãe...pois é... bateu a saudade! Mas logo voltei á dormir...

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