Até que acordei com disposição, mas depois
bateu aquele calor e os meus planos de rodar por aí deixei ir ralo abaixo, quer
saber de uma coisa, dia de embora, deixa eu arrumar as coisas tomar um bom
banho e largatear no lounge do hotel.
Assim fiquei por horas, fechei uma conta
onde houve uma pequena confusão na hora do calculo mas percebi que não foi por
maldade, porque rapidamente eles corrigiram durante o café. Peguei dicas
preciosas com uma sino-canadense que estava por ali e juntos com o Raj (da
recepção) ficamos conversando um bocado.
Cara, o meu inglês que nessa viagem tem
sido uma decepção e falta dele ‘redondo’ me prejudica e muito na hora de
resolver as coisas, seja para fazer amizade ou seja para negociar qualquer coisa.
Talvez eu esteja deixando de aproveitar muita coisa ou pegar bons preços por
conta desse “detalhe”, as coisas estão indo mas poderiam estar melhor! Nisso o
Rafa têm razão, por esse lado eu ainda estava com a cabeça na organização
europeia, que como já tinha preços anotado, o inglês era mero detalhe... aqui
está cruel demais digo até chato!
Mas voltando, e assim largateei até ás
16:10 quando veio o tuk-tuk que me levou para a estação de trem. Chegando lá, o
meu comboio já me esperava e andei muito para o lado errado até chegar no final
dele sendo que o meu vagão estava lá no começo, assim na duvida (porque na
verdade eu não tinha certeza se era o meu trem mesmo) perguntei á uma europeia
e ela me confirmou e me indicou o vagão... aaaahhh agora entendi! Assim
caminhei até o inicio do trem e entrei no vagão... e que poha é essa???
Trem na India é muito diferente kkkk de
Bolivia, Peru, Europa... são beliches divididos em quadrados sem portas...
muito diferente, fiquei naquela procura geral pelo meu lugar até que achei-o,
de frente para uma indiana, o que me levantou a dúvida... será que eu estou no
lugar certo? Vai saber... todo indiano que passava se demorava me olhando... aí
comecei a ficar desconfortável e na duvida perguntei para a moça que me
tranquilizou e falou que aquele era um vagão familiar portanto não havia
separação e para não ligar para os homens (eu nem falei nada ela mesma já tinha
se tocado).
Peguei um livro e comecei a devorá-lo
ignorando todos que passavam e assim amenizou a coisa, como o meu lugar era a
cama debaixo já tratei de deitar porque é sabido que indianos se sentam ali até
chegar a hora de dormir e ahhhh eu quero conforto.
E assim a locomotiva se pôs á andar ás
17:30, rumo á Delhi e só lá que eu decidiria o que faria da vida, de preferencia
com a ajuda do escritório turístico. Continuei firme no livro enquanto nas
paradas foram chegando mais indianas no compartimento até que completou, a
sorte é que já havia escurecido e todas foram às suas respectivas camas, desta
forma continuei deitado, até que bateu o sono, fui no banheiro (onde fiquei com
dó das mulheres indianas que têm de mijar agachadas com o trem em movimento),
dei uma ultima conferida no cadeado enquanto a mulherada fechava a cortina do
compartimento (nem sabia que tinha) e tratei de dormir! Tive um sonho
estranho... parecia que estava janela do meu antigo apê em Santo Amaro olhando
o prédio da esquina... despertei com saudades, o sonho me transportou á uma
outra época... de sonhos... de projetos...meus e de minha mãe...pois é... bateu
a saudade! Mas logo voltei á dormir...
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