sábado, 28 de abril de 2012

25.04.2012 – Varanasi


Acordei muito bem depois de uma noite muito bem dormida, tomei uma ducha e o meu café e parti rumo ao hotel dos alemães, uma ótima caminhada até lá com a rua bem tranquila pela rua principal e quando entrei nas vielas logo estava perdido, putz, é a Veneza indiana kkkk desvia das vacas e vai para lá e “não, não é” desvia das vacas e vai para cá e “é, talvez seja”, mas o meu senso de direção não me abandonou e fui indo até que achei um ponto que reconheci da noite anterior e logo estava na viela do hotel!
Já na entrada no restaurante estavam lá os alemãesconversando com o casal australiano, e sentei para tomar uma Mirinda e bater papo, vi dois espanhóis que havia dado um “hola” no dia anterior e rapidamente eles estavam junto ao grupo. Enrolamos um bom tempo no hotel, porque o calor estava terrível para os alemães e realmente em Varanasi com exceção do deserto foi a temperatura mais pesada que peguei. Enrolamos mesmo depois que o casal australianos despediu-se e os espanhóis tiveram a idéia de tomarmos lassi (um tipo de iogurte gelado tipicamente indiano) e la fomos nós.
No caminho pelas ruelas, os europeus adoravam bater papo com as crianças e se divertiam com elas, eu por minha vez e sei lá porque me ausentei nesses momentos, engraçado que eu me lembrava do Victor, Chimyn, Jesse, Canjo e Geronimo na Bolivia quando fazíamos as mesmas coisas e agora eu não estava no clima de interagir com o povo. Continuamos pelo emaranhado de ruas e entramos em um pobre estabelecimentochamado Blue Lassi onde descobri ser o melhor lassi de Varanasi. Quase todos pedimos o de manga obviamente estando na India... enquanto aguardávamos reparei em um camundongo escalando os fios do estabelecimento no teto... ‘que beleeeeeeza’ eu pensei!
Mas quando veio o lassi... poooo que delicia! Imagina um iogurte com pedaços de manga bem gelado, nos fartamos por ali! Na sequencia andamos mais um bocado e os alemães gostariam de ver a GermanBakery que muitas placas indicavam e fomos atrás.
Como já era hora do almoço decidimos comer por ali mesmo e o engraçado que a padaria alemã era administrado por uma família nepalesa hehehe, o ambiente era muito no padrão índia mas agradável e havia muitas garotas europeias com as quais eu e Hincham nos divertíamos cantando “ai, se eu te pego!”, ficamos umas 3h dentro da GermanBakery dando muita risada, e o engraçado era que eu pedia para aos espanhóis em espanhol para me ajudar no inglês e os alemães não aceitavam e falavam para eu mesmo tentar em inglês.
Como revigora o espirito esse tipo de encontro, quando todos têm uma mentalidade semelhante e caminham em uma direção semelhante mesmo sendo de países tão distintos, foi um dos pontos altos dessa viagem certamente.
Depois como logo o Sol nos abandonaria, marchamos para o hotel deles onde os espanhóis ficaram e partimos os 3 pela saída do rio onde encontramos o Baboo e alugamos os seus serviços para navegar o Ganghes. Logo estávamos dentro do bote com o Baboo remando e nos contando a história do rio e de seus ghats e palácios. Taí um cara bacana, o Baboo; ouvíamos com atenção os seus casos e entre fotos e filmagens fazíamos perguntas dos assuntos mais variados, por exemplo, ele tinha três filhos dentre os quais eram 2 mulheres e o problema que a mais velha tinha 17 anos e já no próximo ano poderia se casar, porém segundo o Baboo ocorrem duas festas uma feita pela família do noivo e outra da noiva e gasta-se por volta de 2 milhões de rúpias nessa festa para se ter idéia pagamos cada um 100 rupias pelo passeio e uma Coca Cola custa 20 rupias por aqui.
Ok, continuamos a navegar enquanto anoitecia no Ganghes, até que chegamos na altura da cerimonia hindu que estava acontecendo no ghat ao lado hotel, assim pedimos para o Baboo não avançar mais e ficamos ali vendo a cerimonia de dentro do rio enquanto os fogos circulavam pelo ar conduzido pelos monges hindus, tiramos algumas fotos e logo voltamos a frente do hotel, pagamos ao Baboo tiramos umas fotos com ele e subimos ao hotel.
Ainda usei a internet, e como já daria 21:00 decidi voltar ao hotel pois ainda tinha uma boa caminhada até lá. Me despedir foi difícil, mas procurei ser pratico como os europeus e sem abraços fui dizendo adeus a um por um espanhóis, australianos (que estavam lá quando voltamos) e especialmente ao Toby e ao Hincham... quanta dificuldade kkkk mas faz parte! Como trocamos Facebook talvez nos reencontremos em Delhi.
E assim parti na caminhada noturna rumo ao meu hotel, dessa vez achei um atalho entre as vielas e cheguei rapidamente na rua principal onde a muvuca estava lá indo e vindo, mas um ambiente confuso e bacana! Á passos largos cheguei rapidamente e corri para lavar os pés (aposentei meu tênis, só chinelo e o pé como eu já disse fica uma fuligem só) e já tomei uma ducha, me preparei e peguei no sono porque no dia seguinte tinha um trem cedo.

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