sábado, 28 de abril de 2012

23.04.2012 – Delhi


Acordei já sabendo o meu destino, e como Delhi queria ver só no final da viagem, fiquei lendo meu livro no hotel de onde saí só para tomar café da manhã no escritório (esse era o defeito da guesthouse, se tivesse café da manhã com internet estaria perfeito).
A tarde saí e fui ao escritório (deixando com o cara do hotel uma graninha bem a mais do que eu costumo dar de gorjeta, como disse antes bom sujeito) almoçar!
Depois do almoço, enrolei por ali e logo segui ao escritório central para pegar os bilhetes com o Pepe, quando eu os recebi... hmmmmm... li e reli, porque não havia gostado muito das disposições dos horários e em um dos trechos teria que fazer baldeação e esperar em Delhi novamente o que me deixou puto, reclamei horas com o Pepe e ele foi correndo atrás do que podia fazer... tinha trens que eu teria de pegar 6 da manhã, mas depois fui me acalmando e Pepe propôs uma solução satisfatória, caso eu achasse o bus de Rishikeshi direto á Dharamsala e cancelasse os trechos de trem ele me reembolsaria quando voltasse. Lembrei-o de que o seu motorista havia me cobrado um absurdo da viagem até o hotel e ele ligou pro cara falando um monte e me devolveu metade do dinheiro. Assim senti mais confiança.
Ficamos na agencia até umas 20:30 e como já estou de saco cheio dos tuk-tuks e seus golpes, decidi ir de metrô. No metro sem stress como havia pego uma vez sabia bem o que fazer, fui ao guichê e comprei a minha moedinha de plástico com a qual passei no leitor magnético e passei pelo detector de metais e a minha bagagem pelo raio X (fantástico kkk) e como estava na Sé deles, segui as pegadas amarela que sabia que me levaria ao meu metrô.
Por lá parecia a Sé ás 18:00, mas o metrô ficou com a porta aberta um bom tempo e coube a todos sem aperto, na estação seguinte já desci.
Beleza... agora tinha 1 hora e meia para esperar o meu trem e vocês não fazem idéia de que balburdia é em uma grande estação indiana, primeiro é o aperto e as furadas de fila para passar pelo raio X da entrada, dei uma de migué e só passei o mochilão porque naquela confusão tinha medo de colocar o meu bornal por ali e algum esperto pegar e sair correndo... enfim deu certo porque o guarda acho que nem viu, peguei de volta a minha mochila e fiquei rodando a estação por quase 1h porque havia encasquetado em achar o escritório oficial de turismo (que sabia estar fechado) só para ver o bendito e não é que nessa 1h não encontrei-o... pqp se é para ajudar turista é mais fácil colocar no Nepal... talvez seja mais fácil de achar. Desisti, estava sentindo o peso da mochila pela primeira vez nessa viagem e quando o meu trem finalmente apareceu no timetable, segui para a minha plataforma.
Lá a minha diversão foi tentar achar o meu nome na lista, só para desencargo né (vai saber...) e depois de duas boas olhadas e alguns esbarrões na muvuca aglomerada nos painéis, achei-o e á dois passos dali sentei no chão em meio á mil trocentos famílias indianas que ali estavam, um indiano esquisito sentou do meu lado na sequencia e puxou assunto (obvio) mas como não estava muito de papo e ele tbm não falava inglês, só troquei duas palavras e ele se levantou e abordou um outro grupo de indianos, no fim o que ele queria era só papo...
Aqui é difícil distinguir quem só quer amizade (indianos são amistosos, começam a conversar entre eles com quem não conhece como se fosse um amigo de infância, incrível e legal isso), quem quer o seu dinheiro (vem com papo insistentemente e já na sequencia te cobra pelo serviço kkk) e quem quer o seu mal (lembram de Mafia em Jaipur), mas esta ultima é uma exceção.
O trem chegou e procurei o meu vagão naquela minhoca gigante e logo estava no meu compartimento onde troquei o meu assento e subi ao 3º andardotriliche, como sabia que indianos gostam de conversar entre eles sem se deitar, achei mais comodo ficar no meu canto lendo o meu livro, mas claro que bati um papo de leve com dois caras.
De resto li meu livro e lá pelas 23:00 adormeci acordando umas 2 da manhã e depois disso de hora em hora kkkk mas descansei.

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