Acordei já sabendo o meu destino, e como
Delhi queria ver só no final da viagem, fiquei lendo meu livro no hotel de onde
saí só para tomar café da manhã no escritório (esse era o defeito da
guesthouse, se tivesse café da manhã com internet estaria perfeito).
A tarde saí e fui ao escritório (deixando
com o cara do hotel uma graninha bem a mais do que eu costumo dar de gorjeta,
como disse antes bom sujeito) almoçar!
Depois do almoço, enrolei por ali e logo
segui ao escritório central para pegar os bilhetes com o Pepe, quando eu os
recebi... hmmmmm... li e reli, porque não havia gostado muito das disposições
dos horários e em um dos trechos teria que fazer baldeação e esperar em Delhi
novamente o que me deixou puto, reclamei horas com o Pepe e ele foi correndo
atrás do que podia fazer... tinha trens que eu teria de pegar 6 da manhã, mas
depois fui me acalmando e Pepe propôs uma solução satisfatória, caso eu achasse
o bus de Rishikeshi direto á Dharamsala e cancelasse os trechos de trem ele me
reembolsaria quando voltasse. Lembrei-o de que o seu motorista havia me cobrado
um absurdo da viagem até o hotel e ele ligou pro cara falando um monte e me
devolveu metade do dinheiro. Assim senti mais confiança.
Ficamos na agencia até umas 20:30 e como já
estou de saco cheio dos tuk-tuks e seus golpes, decidi ir de metrô. No metro
sem stress como havia pego uma vez sabia bem o que fazer, fui ao guichê e
comprei a minha moedinha de plástico com a qual passei no leitor magnético e
passei pelo detector de metais e a minha bagagem pelo raio X (fantástico kkk) e
como estava na Sé deles, segui as pegadas amarela que sabia que me levaria ao
meu metrô.
Por lá parecia a Sé ás 18:00, mas o metrô
ficou com a porta aberta um bom tempo e coube a todos sem aperto, na estação
seguinte já desci.
Beleza... agora tinha 1 hora e meia para
esperar o meu trem e vocês não fazem idéia de que balburdia é em uma grande
estação indiana, primeiro é o aperto e as furadas de fila para passar pelo raio
X da entrada, dei uma de migué e só passei o mochilão porque naquela confusão
tinha medo de colocar o meu bornal por ali e algum esperto pegar e sair
correndo... enfim deu certo porque o guarda acho que nem viu, peguei de volta a
minha mochila e fiquei rodando a estação por quase 1h porque havia encasquetado
em achar o escritório oficial de turismo (que sabia estar fechado) só para ver
o bendito e não é que nessa 1h não encontrei-o... pqp se é para ajudar turista
é mais fácil colocar no Nepal... talvez seja mais fácil de achar. Desisti,
estava sentindo o peso da mochila pela primeira vez nessa viagem e quando o meu
trem finalmente apareceu no timetable, segui para a minha plataforma.
Lá a minha diversão foi tentar achar o meu
nome na lista, só para desencargo né (vai saber...) e depois de duas boas
olhadas e alguns esbarrões na muvuca aglomerada nos painéis, achei-o e á dois
passos dali sentei no chão em meio á mil trocentos famílias indianas que ali
estavam, um indiano esquisito sentou do meu lado na sequencia e puxou assunto
(obvio) mas como não estava muito de papo e ele tbm não falava inglês, só
troquei duas palavras e ele se levantou e abordou um outro grupo de indianos,
no fim o que ele queria era só papo...
Aqui é difícil distinguir quem só quer
amizade (indianos são amistosos, começam a conversar entre eles com quem não
conhece como se fosse um amigo de infância, incrível e legal isso), quem quer o
seu dinheiro (vem com papo insistentemente e já na sequencia te cobra pelo
serviço kkk) e quem quer o seu mal (lembram de Mafia em Jaipur), mas esta
ultima é uma exceção.
O trem chegou e procurei o meu vagão
naquela minhoca gigante e logo estava no meu compartimento onde troquei o meu
assento e subi ao 3º andardotriliche, como sabia que indianos gostam de
conversar entre eles sem se deitar, achei mais comodo ficar no meu canto lendo
o meu livro, mas claro que bati um papo de leve com dois caras.
De resto li meu livro e lá pelas 23:00 adormeci
acordando umas 2 da manhã e depois disso de hora em hora kkkk mas descansei.
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