04.05.2009

Acordamos todos cansados, e a muito custo fomos tomar o desayuno, foi o nosso primeiro contato com a coca, tomamos o cha que ja deu um respiro legal um animo para o passeio que viria a seguir.

As 9, a velha van da agencia encostou e foi nos apresentado Erick, o "nuestro" guia para o "paseo", deixamos a dona da agencia encarregada de comprar as passagens para Uyuni as 19hrs, embarcamos todos e seguimos pelas vielas de Potosi (lembra Ouro Preto) ate o pe do Cerro Rico, onde desembarcamos e Erick nos apresentou a famosa folha de coca... sem preconceitos foi isso que me salvou a pele, vc pega um punhado e bota na boca, e fica mascando que nem uma vaca, caraca o cansaco e a dor de cabeca vao embora na hora... o negocio funciona... mas ñ deixa ligadao ñ viu Kedinha kkkkkkk

Com a folha de Coca, se liga nos dentes verdes kkkk

E comecamos a perambular pelo Cerro e conhecer um pouco de sua historia... essa ja foi, na epoca em que a prata valia tanto ou mais que o ouro, a maior mina de prata do mundo. Literalmente uma montanha de prata, Potosi era maior do que Paris e Londres (capitais do mundo na epoca), adivinha com quem ficou toda essa prata... em cheio, os espanhois que ainda andam impedindo a entrada de sulamericanos em seu pais... vai entender...

Cerro Rico.

Voltando ao nuestro assunto... essa mina foi responsavel por 8 milhoes de mortos em 500 anos... alguns casos absurdos em que os espanhois bloqueavam as entradas das minas deixando aberto um buraco para a saida da prata e entreda de ar e comida e quando acabava a prata... vamos la... a vez de vcs... adivinhem o que os espanhois seguidores de Gandhi faziam... pois e... terminavam por fechar os buracos que faltavam com todo mundo dentro... menos reclamacao... menos pagamento e mais medo!!!

Essa montanha media 500m a mais a uns 500 anos atras, entao imagine o quanto de minerios saiu de la, hoje a mineracao continua em busca de estanho (ainda ha) e um pouco de prata e Potosi e a uma das regioes se ñ for a mais decadente de toda a Bolivia.

So um detalhe sobre essa visita, Potosi e a cidade mais alta do mundo (so descobri em La Paz kkkk) e tambem subir o Cerro Rico com a van dos Flinstones foi uma a aventura e tanto, o nuestro El Captain Geronimo ficou com o pouco cabelo em pe, era uma estrada de cascalho incompleta em varios trechos... e na farra jogavamos os corpos todos do lado contrario do abismo para ñ cair "todos, todos, para derecha, para derecha" kkkkkkk e o motorista ria...

Se liga quem e piloto de verdade kkkkk o abismo de Geronimo.

Apos voltarmos do Cerro Rico, o Erick levou-nos para uma volta ao centro de Potosi, e eu com a ajuda da folha de coca tavah no maior astral uhuuuuu (brincadeira, mae kkk), mas ja estava bem melhor, demos uma volta e é ver a imensidao do Cerro Rico sobre a cidade, parece um guardiao... de todo canto vc o enxerga.

O Cerro Rico observa todos os cantos de Potosí

Fomos acertar as contas com o dono do hotel... e vejam vcs... o cara era alem de dono do hotel era dono da maioria dos outros tambem, era dono do banco de La Nacion, era baterista reserva do Led Zepellin, e o Tim Maia sempre o chamava para queimar um, sim esse era o Tico... o pessoal ainda ficou ouvindo as musicas no 4X4 do cara (novissimo por sinal e ele falou que os 3 que tinha estacionado la eram dele) kkkkkk

Enfim fui a uma lan house onde havia atualizado o blog pela ultima vez, e quando deu a hora domos para a rodoviaria (uma rua onde param os onibus), comemos algo e embarcamos...

Po, entramos no onibus e na sequencia entrou um "chico" de uns 11 anos e comecou a cantar alto sem parar mais, durante quinze minutos ficamos ouvindo e incentivando "es un belo cantante, si" mas depois, a gente oferecia 1 boliviano para o moleque parar de cantar e nada, comecava a aplaudir como o fim da musica e meu Deus, o menino ñ parava, pegavamos o menino e perguntavamos aos passageiros "Donde estas la bateria" kkkkk Quando finalmente a musica acabou..., o Archanjo e o Jesse deram uns bolivianos para o "chico" e o onibus partiu... agora estavamos empolgando por sair da altura de Potosí e pelo show do belo cantante, e comecamos a cantar tbm... ser brasileiro é da hora... os bolivianos se divertiam... cantamos de tudo... ate que foi cansando... cansando... tomei um Dramin... capotei... acordei novamente e nada de Uyuni chegar... tava agoniado com as pernas espremidas... depois de mais 2 hrs de perrengue... chegamos á Uyuni... a entrada do salar... eram 2:30 da manha e eu só ñ sabia que Uyuni é a cidade mais fria da Bolivia e estava á -7C, o Geronimo tremia demais e o Chelmy me ajudou a levar a bolsa que estava ensacada, pq eu estava fraco ainda de Potosi.

Ao chegar no hotel Avenida, fomos recebidos e encaminhados ao quarto sem banho privativo... pergunta se alguem tomou banho? kkkkkkkkk Enfim dormimos... para o salar no dia seguinte!

Continua...